Campo Grande (MS) – Com objetivo de inibir irregularidades no atendimento ao consumidor a fiscalização da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, realizou diligências junto rede bancária de Campo Grande no período de 23 de setembro a dois de outubro, oportunidade em que foram visitadas 28 agências das diversas organizações de crédito que prestam serviços na Capital.
Mesmo tendo iniciado os trabalhos, como parte da operação “Fila Zero”, em época diferente da considerada crucial onde são registrados diversos problemas, não foi muito diferente a situação encontrada, uma vez que a quase totalidade da agências fiscalizadas apresentou transgressões às leis de proteção do consumidor, de forma repetitiva, o que, como de costume terminou por gerar autos de infração porque as pessoas responsáveis pelas agências não tomarem medidas que se fazem necessárias como forma de minimizar os problemas dos clientes, consumidores.
As equipes esteve em nove agências do Bradesco, igual número da Caixa Econômica Federal, seis do Santander, duas do Banco do Brasil, uma do Itaú e uma do Sicredi. Entre as infrações recorrentes, registrada na quase totalidade das agências é a emissão de comprovantes de atendimento em papel termossensível, a exceção do Itaú e do Sicredi. Entretanto, as agências onde a fiscalização esteve, cometem a irregularidade de não emitir senha eletrônica.
Irregularidade, também registrada de forma repetitiva, na maioria da agências, diz respeito ao excesso de tempo que os clientes esperam para atendimento. De acordo com o que determina a legislação, é considerado razoável a espera de 15 minutos em dias normais, 20 nos dias de pagamento de servidor público, de militares, época em que vence a maioria dos boletos a serem pagos ou, ainda, de 25 minutos em véspera o no dia imediatamente posterior a feriados prolongados.
O desrespeito é tal que, em uma das agências da Caixa Econômica, houve consumidor que se submeteu à espera de até uma hora e 20 minutos. Sem contar que, em alguns casos, agências diversas não levam em conta o atendimento prioritário. Tanto é que foram registrados casos em que pessoas com esse direito, mesmo tendo emitido senhas anteriores a clientes normais, foram chamadas depois destes.
Ainda entre as irregularidades, vale ressaltar que em vários estabelecimentos não existe placa que indique locais para atendimento prioritário e, quando existe, estão incompletas com ausência, por exemplo da indicação de portadores de autismo entre aqueles que se incluem entre os beneficiários. Dada a conscientização pela qual vêm passando os consumidores, as denúncias no caso dos bancos ocorreram sob todas as formas disponíveis no Procon Estadual, ou seja, no fale conosco, do site procon.ms.gov.br, por meio do telefone 151, pelo watsapp 9 9158 0888 e pessoalmente na sede do Procon/MS à rua 13 Junho 938.
Waldemar Hozano –Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS
Fotos: Procon/MS