Campo Grande (MS) – Proliferam em Campo Grande empresas que se especializam em dar golpes nos consumidores. Isto vem sendo demonstrado por denúncias apresentadas na Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante das Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast e constatado por ocasião de ações em atendimento às denúncias.
Exemplo disso são empresas que, alvo de fiscalização conjunta pelo Procon Estadual e delegacia Especializada do Consumidor- Decon/MS, apresentaram irregularidades suficientes para serem interditadas. Após a interdição da empresa Morel Intermediações Financeiras, outras três (ALK Intermediações Financeiras, FN Representações e LC Soluções Financeiras), também tiveram suas atividades suspensas até que, se conseguirem, comprovem regularidade na prestação de serviços.
Nos três locais onde estiveram as equipes do Procon Estadual e da Decon/MS, os problemas se repetiram. Não foram apresentados alvarás de Localização Funcionamento, não possuíam autorização do Banco Central para realizarem operações financeiras, item no qual se incluem consórcios, ficou constatada a ocorrência de publicidade enganosa por afirmarem entrega imediata te bens aos consumidores e, ainda, se recusarem à devolução dos valores recebidos à vista quando da adesão aos planos. Os clientes passam por dificuldades, inclusive quanto a e tentativa de cancelamento dos contratos.
Em relação ao aludido consórcio tanto de bens móveis como imóveis, havia pessoas no local tentando ressarcimento do que pagaram, com promessa de entrega imediata do bem, o que não ocorreu. Inclusive, um casal de representantes de um idoso que também caiu no golpe. As ofertas eram tais que havia, inclusive, a divulgação de uma carreta Randon graneleira ano de fabricação e modelo 2 021 por R$ 148.000,00 para a qual o adquirente da cota entregou R$ 10.500,00 à vista e não recebeu o bem. A justificativa no local seria que o veículo estaria em negociação.
CÁRCERE
Fato até certo ponto curioso. Em um dos locais fiscalizados um dos responsáveis ficou “apavorado” quando avistou equipe de polícia e fugiu se escondendo em um dos armários da empresa. Por certo tem alguma culpa e não poderia ser visto pelos policiais. Terminada a ação, tanto fiscais como policiais lacraram deixaram o local sem a percepção de que havia ficado alguém.
Horas depois, de posse de numero de telefone de integrantes da equipe, ligou para pedir que abrissem a porta e o liberassem, o que foi feito dando condições para o cidadão sair. Entretanto a “prisão” não ameniza os efeitos dos autos que deverão gerar multa.
Waldemar Hozano – Assessoria de Comunicação – Procon/MS
Foto: Procon/MS